quinta-feira, 4 de junho de 2009

Qual o futuro das Escolas de Surf do Litoral Alentejano?


O ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, afirmou ontem que desconhece o despacho que obriga à retirada das escolas de surf das praias da Costa Vicentina assegurando que a actividade não será incompatível com o futuro Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC).O ministro foi confrontado com o documento que lhe foi entregue por cerca de uma dezena de proprietários de escolas de surf da Costa Vicentina, que o aguardavam na Praia da Arrifana, em Aljezur, onde participou na assinatura da empreitada de construção da Estação de Tratamento de Águas Residuais do Vale da Telha.Segundo os proprietários das escolas de surf, o documento emitido pelo Parque Natural da Costa Vicentina e do Sudoeste Alentejano obriga a que sejam retiradas, no prazo de dez dias, as estruturas utilizadas pelas escolas de surf da Praia do Amado."Estou surpreendido. Não conheço o despacho que as obriga a retirar", disse o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional."O que tem é que haver uma conformidade da presença das escolas de surf com o Plano de Ordenamento da Orla Costeira e com alguma disciplina que estamos a trazer às praias", alegou Nunes Correia. "Não queremos tirar as escolas de surf. Apresentaram-me um documento que irei ver com atenção, porque todos sabem, e é consensual, que o surf é uma mais valia desta região", observou o ministro.Para o governante, "todos querem fomentar o surf, porque é uma mais valia desta região e uma actividade de uma nova geração. A actividade passa por alguns ajustamentos às condições que devem ser criadas numa zona deste género, em termos de qualidade e equipamentos"."Temos de ver o que se passa e resolver isso. O que eu quero dizer é que nós queremos o surf nesta região e, ponto final", frisou.Segundo Francisco Nunes Correia, o Plano de Ordenamento da Orla Costeira está a ser revisto, para "ultrapassar algumas situações que não estão bem, e entre várias coisas, acomodar as escolas de surf"."Admito que exista alguma disparidade, mas que seja conciliável e superável. Eu não estava ciente do problema, recebi o documento. Vou dar-lhe a maior atenção, perceber o que se passa e seguramente resolvê-lo", assegurou."Vamos olhar para o problema, dar-lhe atenção, porque, repito, queremos o surf nesta zona", concluiu.

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